quinta-feira, 7 de abril de 2011

DEZ VERDADES SOBRE CAMÕES

Achas que sabes tudo sobre Luís Vaz de Camões? Responde ao nosso questionário e descobre!: 

1. Abre o questionário com o Windows Internet Explorer;
2. Preenche o questionário;
3. Carrega no botão “Finalizar” para confirmar o teu pr 
eenchimento;
4. Carrega no botão “Resultados do Quiz” para acederes à tua página de resultados.


0-4 respostas certas - Precisas de aprender mais sobre Camões, não sabes assim tanto!

5-8 respostas certas - Estás no bom caminho, mas procura saber ainda mais.

9-10 respostas certas - Parabéns! Sabes bastante sobre Camões! 




Mantém-te atento ao nosso blogue e aprende mais!

sábado, 12 de março de 2011

LUÍS DE CAMÕES E O AMOR

O amor e a mulher:

A lírica camoniana está ligada a uma concepção neoplatónica do amor. Para Camões, o amor é um ideal superior, único e perfeito, o bem supremo pelo qual ansiamos. Contudo, os Homens, como seres decaídos e imperfeitos que são, são incapazes de atingir esse ideal, restando-lhes a possibilidade do Amor Físico, pura imitação do Amor Ideal. Segundo o poeta, o constante conflito entre o amor espiritual e carnal gera toda a angústia e insatisfação da alma humana.
Camões, espiritualiza a mulher – objecto do desejo e também um ser imperfeito - nos seus poemas, tornando-a a imagem da Mulher Ideal.

Os amores de Camões:

Caterina de Ataíde
 
Devota e de rara beleza, era a dama do Paço D. Caterina de Ataíde, a musa lendária de Camões, por quem este seria perdidamente apaixonado. O poeta imortalizou a bela dama sob o anagrama de “Natércia” (C-A-T-E-R-I-N-A/ N-A-T-E-R-C-I-A), de modo a ocultar a verdadeira destinatária de muitos dos seus poemas de amor



Dinamene

“Alma minha gentil, que te partiste”

Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te;

Roga a Deus que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.

Luís Vaz De Camões

Este soneto foi escrito por Camões após a morte de Dinamene - chinesa com quem o poeta teria vivido em Macau. Camões e Dinamene teriam viajado da China para a Índia, mas na costa do Camboja, próximo à foz do rio Mekong, o navio naufragou. O poeta conseguiu salvar-se e salvar Os Lusíadas, mas Dinamene não teve a mesma sorte.



Bárbara escrava

“Endechas a Bárbara escrava”
Aquela cativa
Que me tem cativo,
Porque nela vivo
Já não quer que viva.
Eu nunca vi rosa
Em suaves molhos,
Que pera meus olhos
Fosse mais fermosa.

Nem no campo flores,
Nem no céu estrelas
Me parecem belas
Como os meus amores.
Rosto singular,
Olhos sossegados,
Pretos e cansados,
Mas não de matar.

U~a graça viva,
Que neles lhe mora,
Pera ser senhora
De quem é cativa.
Pretos os cabelos,
Onde o povo vão
Perde opinião
Que os louros são belos.

Pretidão de Amor,
Tão doce a figura,
Que a neve lhe jura
Que trocara a cor.
Leda mansidão,
Que o siso acompanha;
Bem parece estranha,
Mas bárbara não.

Presença serena
Que a tormenta amansa;
Nela, enfim, descansa
Toda a minha pena.
Esta é a cativa
Que me tem cativo;
E, pois nela vivo,
É força que viva.
                              
Luís Vaz De Camões

“Endechas à Bárbara Cativa” é um canto de louvor à beleza de uma mulher negra e escrava que despertara a paixão do poeta. Para esboçar o perfil da musa, Camões faz um jogo de antíteses, estabelecendo o contraste entre a “negritude” da cativa, e a alvura da mulher branca e loura, celebrada, petrarquianamente, pelos poetas seus contemporâneos. 



Poemas de Luís De Camões por Eunice Muñoz e Ary dos Santos:


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sobre Camões....

Era uma vez
um português
de Portugal.
O nome Luís
há-de bastar
toda a nação
ouviu falar.
Estala a guerra
e Portugal
chama Luís
para embarcar.
Na guerra andou
a guerrear
e perde um olho
por Portugal.
Livre da morte
pôs-se a contar
o que sabia
de Portugal.
Dias e dias
grande pensar
juntou Luís
a recordar.
Ficou um livro
ao terminar.
muito importante
para estudar:
Ia num barco
ia no mar
e a tormenta
vá d'estalar.
Mais do que a vida
há-de guardar
o barco a pique
Luís a nadar.
Fora da água
um braço no ar
na mão o livro
há-de salvar.
Nada que nada
sempre a nadar
livro perdido
no alto mar.
Mar ignorante
que queres roubar?
A minha vida
ou este cantar?
A vida é minha
ta posso dar
mas este livro
há-de ficar.
Estas palavras
hão-de durar
por minha vida
quero jurar.
Tira-me as forças
podes matar
a minha alma
sabe voar.
Sou português
de Portugal
depois de morto
não vou mudar.
Sou português
de Portugal
acaba a vida
e sigo igual.
Meu corpo é Terra
de Portugal
e morto é ilha
no alto mar.
Há portugueses
a navegar
por sobre as ondas
me hão-de achar.
A vida morta
aqui a boiar
mas não o livro
se há-de molhar.
Estas palavras
vão alegrar
a minha gente
de um só pensar.
À nossa terra
irão parar
lá toda a gente
há-de gostar.
Só uma coisa
vão olvidar
o seu autor
aqui a nadar.
É fado nosso
é nacional
não há portugueses
há Portugal.
Saudades tenho
mil e sem par
saudade é vida
sem se lograr.
A minha vida
vai acabar
mas estes versos
hão-de gravar.
O livro é este
é este o canto
assim se pensa
em Portugal.
Depois de pronto
faltava dar
a minha vida
para o salvar.
           
                     
Almada Negreiros



Vontade, foi a palavra de ordem das alunas do 12ºLH2, da Escola Secundária com 3º Ciclo de Gama Barros, quando lhes apresentei o Regulamento do concurso "Camões - Um Poeta Genial". Não hesitaram e quiseram de imediato participar. Como professora responsável, venho aqui dar-lhes força e apoio para o trabalho, actividades e iniciativas que irão desenvolver.
Um beijinho de coragem às alunas.

A professora,  
Sílvia Feio